Esse tema já foi abordado anteriormente, mais é de fato o assunto que mais me causa apreensão, não quero minha filha uma princesinha birrenta alheia a tudo ao seu redor, quero que ela seja “muleca”, “sapeca” e de certa forma maliciosa (no sentido de “não ser ingênua para tudo”) mais como educá-la pra isso? Como eliminar birras, encrencas, brigas e desrespeito das crianças.
É com essas promessas que vários canais anunciam Supernanny, que a cada episodio atende a pais que perderam o controle ao educar os filhos, ai que ela entra em ação pra acertar a baderna deixada pelos pais, na grande maioria por falta atitudes simples como organização, rotinas pré estabelecidas, imposição de regras e o principal a meu ver, presença dos pais.
Supernanny é uma criação do TV Inglesa, interpretado pela pedagoga infantil Joanne A. Frost, adaptado para outros países, no Brasil é exibido pelo SBT apresentado pela também pedagoga, apresentadora e atriz argentina Cris Poli. O modelo de disciplina é seguido por todos os países com pequenas modificações
1º estabelecer regras: Se diz com todas as letras: “Não pode gritar, não pode chorar sem motivo, se debater ou bater nos outros”. Colocar cartazes para que as regras sejam visualizadas é importante.
2º Advertência: Se a criança desobedece a alguma das regra, de uma advertência pra que ela saiba que está fazendo algo errado, podendo levar a criança para os cartazes onde estão escritas as regras e informando qual delas foi quebrada. “Quando a criança desobedece, a mãe deve chamá-la, olhá-la nos olhos e dizer: ‘Você quebrou essa regra e não pode. Se quebrar de novo, vai para o cantinho’, este aviso permite que a criança mude o comportamento, sem necessidade de ser disciplinada”, diz Cris Poli.
3º Diciplinando: Se a criança continua desobedecendo, deve ser mandada para o “cantinho da disciplina”, que Cris explica:
“Caso ela repita o erro, a mãe a leva até lá e a deixa ali durante um minuto para cada ano de idade, convidando-a a refletir sobre o que fez. E não fica perto. Se a criança sair do lugar, chorar, é preciso levá-la de volta. Se saiu 50 vezes, 50 vezes você faz isso. Não fica conversando, porque já explicou antes o motivo de ela estar ali. A partir do momento em que a criança pára, você começa a contar os minutos. Pode ser um banquinho, um pufe, um tapetinho, um canto mesmo - só não é o quarto, porque quarto é para dormir. Quando acabar, volta e pergunta: ‘Você sabe por que está aqui? Então, peça desculpas’. Aí, se a mãe vê que é de coração, dá um beijo, um abraço e libera para brincar. É importantíssimo não perder o controle, não ficar brava, não se irritar, porque você está educando”. Segundo as especialistas, o cantinho não é castigo, porque ensina a criança a controlar as birras e aprender a refletir e lidar com o sentimento de raiva por não conseguir o que ela quer.
4º Cortar aquilo que a criança gosta: Quando o “momento de reflexão” não surtir mais efeito, tire o computador, a brincadeira na rua, o desenho preferido... Para que ele aprenda a se comportar e reconquiste tudo por meio do cumprimento das regras. Para incentivar o cumprimento das regras, usa-se ainda o método do incentivo. Uma opção é registrar num quadro as vezes em que a criança cumpriu as regras. Todo fim de dia, os pais sentam com os filhos e avaliam o comportamento. Se cumpriram o combinado, ganham estrelinhas no quadro, por exemplo. No fim de semana, conforme o que alcançaram, eles têm um prêmio.
A resolução de problemas deve ser vista como uma forma de aprendizagem
Com muita calma e paciência, devesse explicar para a criança todos os “porquês” que eventualmente venham a preencher suas cabecinhas. Não existe o “não, por que não” ou o “por que eu estou mandando”, é preciso incentivar o raciocínio lógico afim de “moldar a personalidade social” da criança, ser educador ao invés de ditador de regras de comportamento, claro que levando em consideração a idade da criança e sua personalidade.
Educar, enfim, é proporcionar às crianças cuidados, brincadeiras e aprendizados que contribuam para o desenvolvimento das capacidades infantis enquanto as estruturas cognitivas estão em formação, e assumam cada vez mais mobilidade e complexidade.
Em meio a tudo isso, recomenda-se que se deixe claro de qual jeito você quer que o seu filho se porte. E o mais importante de tudo é: Imponha limites.